sábado, 18 de junho de 2011
OU ISTO OU AQUILO
Ou se tem chuva e não se tem sol,
ou se tem sol e não se tem chuva!
Ou se calça a luva e não se põe o anel,
ou se põe o anel e não se calça a luva!
Quem sobe nos ares não fica no chão,
quem fica no chão não sobe nos ares.
É uma grande pena que não se possa
estar ao mesmo tempo nos dois lugares!
Ou guardo o dinheiro e não compro o doce,
ou compro o doce e gasto o dinheiro.
Ou isto ou aquilo: ou isto ou aquilo...
e vivo escolhendo o dia inteiro!
Não sei se brinco, não sei se estudo,
se saio correndo ou fico tranqüilo.
Mas não consegui entender ainda
qual é melhor: se é isto ou aquilo.
(Cecília Meireles)
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quinta-feira, 16 de junho de 2011
Peregrinar
Hoje vou usar este espaço para recomendar este livro.
Gosto especialmente da sétima jornada que narra a peregrinação até Guadalupe no México.
A décima terceira jornada, ao Monte Kailas (também conhecido como Kailash ou Kailasa) no Tibete, que para peregrinos de quatro diferentes religiões representa o centro da Terra (o seu umbigo) ficou muito mais difícil desde a anexação pela China, mas impressiona pela devoção que desperta mesmo diante das adversidades.
Aproveitem também este vídeo.
Gosto especialmente da sétima jornada que narra a peregrinação até Guadalupe no México.
A décima terceira jornada, ao Monte Kailas (também conhecido como Kailash ou Kailasa) no Tibete, que para peregrinos de quatro diferentes religiões representa o centro da Terra (o seu umbigo) ficou muito mais difícil desde a anexação pela China, mas impressiona pela devoção que desperta mesmo diante das adversidades.
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terça-feira, 7 de junho de 2011
Poema - ESPERANÇA - Mário Quintana
Lá bem no alto do décimo segundo andar do Ano
Vive uma louca chamada Esperança
E ela pensa que quando todas as sirenas
Todas as buzinas
Todos os reco-recos tocarem
Atira-se
E
— ó delicioso vôo!
Ela será encontrada miraculosamente incólume na calçada,
Outra vez criança...
E em torno dela indagará o povo:
— Como é teu nome, meninazinha de olhos verdes?
E ela lhes dirá
(É preciso dizer-lhes tudo de novo!)
Ela lhes dirá bem devagarinho, para que não esqueçam:
— O meu nome é ES-PE-RAN-ÇA...
E ela pensa que quando todas as sirenas
Todas as buzinas
Todos os reco-recos tocarem
Atira-se
E
— ó delicioso vôo!
Ela será encontrada miraculosamente incólume na calçada,
Outra vez criança...
E em torno dela indagará o povo:
— Como é teu nome, meninazinha de olhos verdes?
E ela lhes dirá
(É preciso dizer-lhes tudo de novo!)
Ela lhes dirá bem devagarinho, para que não esqueçam:
— O meu nome é ES-PE-RAN-ÇA...
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