quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

A Invenção do Tempo: o Calendário

     Albert Einsten disse: "espaço e tempo são modos pelos quais o homem pensa o mundo, e não condições sob as quais ele vive". As fórmulas para contar o tempo variaram geográfica e historicamente. Alguns são baseados no movimento do Sol, da Lua, nas estações do ano, na alternância entre os dias e as noites.
     Os calendários que ainda são muito utilizados em nossos dias são o lunar (calendário islâmico), o solar-misto (calendário gregoriano) e o luni-solar (calendário hebráico).
     O calendário lunar usa a unidade de medida do tempo chamada mês baseado nas fases da Lua no céu. O período de tempo entre duas lunações tem o valor aproximado de 29,5 dias. Como o comprimento do mês lunar rapidamente se perde dentro das estações. Eles compensam isto adicionando um mês extra quando necessário para realinhar os meses com as estações.
     O calendário solar usa a unidade de medida do tempo chamada ano, que se aproxima do ano tropical da Terra (um completo ciclo das estações) para facilitar o planejamento de atividades agrícolas. O ano solar médio tem a duração de aproximadamente 365 dias, 5 horas, 48 minutos e 46 segundos (365,2422 dias). A cada 4 anos, as horas extra acumuladas são reunidas no dia 29 de fevereiro, formando o ano bissexto com 366 dias.
     O nosso calendário foi adotado a partir de 1582 sendo o papa Gregório XIII, o que explica o nome gregoriano.
     Após estas informações vamos aproveitar para relembrar este lindo poema de Mario Quintana.

AH! OS RELÓGIOS

Amigos, não consultem os relógios
quando um dia eu me for de vossas vidas
em seus fúteis problemas tão perdidas
que até parecem mais uns necrológios...

Porque o tempo é uma invenção da morte:
não o conhece a vida - a verdadeira -
em que basta um momento de poesia
para nos dar a eternidade inteira.

Inteira, sim, porque essa vida eterna
somente por si mesma é dividida:
não cabe, a cada qual, uma porção.

E os Anjos entreolham-se espantados
quando alguém - ao voltar a si da vida -
acaso lhes indaga que horas são...


4 comentários:

  1. Quando meu filho recebeu um relógio de presente, ele perguntou? Para que serve? Eu lhe respondi para escravizar o homem e o tempo, rs.

    Abracos

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  2. Georgia, concordo! Não era sem propósito que o deus "Chronos", da mitologia, devorava os seus filhos mas os gregos tinham também o tempo "Kairós" que estamos precisando recuperar.

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  3. Eduardo,

    Tão bom quando a gente entra em um espaço e se depara com coisas tão lindas.
    Einstein dispensa comentários, e Quintana...ahhh, esse poeta que me emociona tanto.
    Quintana, Guimarães e Manoel de Barros, eu digo que são meus xodós.
    E sabe? Eu não uso relógio rs...e olha que tem anos isso.
    Então eu sigo o conselho do poeta: Não consulto o relógio.
    Quanto a sua frase, se me permite eu salvei pra mim, pois me identifiquei de cara com ela:



    "sei que não posso aprender tudo, mas presto atenção"
    A maturidade tem me ensinado isso, a prestar atenção.
    Obrigada pelas palavras de carinho no meu blog, volte quando quiser, é nosso.
    Um ano novo, assim: Novinho em folha.

    Um Abraço grande!

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  4. gostei.isso está me ajudando a fazer a redação que o professor pediu

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