terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Reflexão sobre o Prêmio Nobel de Literatura


Ontem escrevi sobre a ganhadora do Nobel de Literatura de 1945. Foi mais como pretexto para chamar a atenção para a poesia. 
Gostaria de ressaltar que toda vez que deixamos alguém ou algum grupo decidir sobre qualquer coisa, o fará baseado em suas preferências e convicções. Acho que isto não desmerece o escolhido, nem os rejeitados; apenas deveríamos deixar claro que representa a opinião de alguns e não uma “verdade absoluta”. 
O melhor é quando possuímos formação e cultura suficiente para fazermos as nossas próprias escolhas. 
Como ocidentais temos a tendência de nos guiarmos pela “razão” (normalmente imposta por terceiros), sem o exercício da “dialética” ou como gosto “do contraditório”. 
Prefiro sempre falar mais de "livros" do que de seus autores. Acho este conceito de “conjunto da obra” ruim. Na minha visão, “Canto Geral” (Neruda), ”100 Anos de Solidão” (Garcia Marquez), “Memorial do Convento” ( Saramago, único escritor de língua portuguesa a obter o Nobel), “Conversa na Catedral” (Vargas Llosa) e outros mais; estão acima e muito além de seus autores. 
Os grandes livros terão vida longa e seus autores breve, algumas vezes irrelevante ou medíocre. Conhecer a biografia de um escritor, esperando que isto ajudará a enriquecer sua obra, normalmente causa decepção. 
O ato de criar, qualquer obra escrita, transcende a pequenez da figura humana e quando leva a uma "transfiguração",  no sentido de transformar em outra coisa, mesmo que imaginária, estamos diante de algo eterno e maravilhoso!

Um comentário:

  1. Eduardo, aceitando seu convinte vim visitá-lo; também gostei do que vi. Me atrevo a dar duas sugestões: sabres e Utopias e Peixe na Água, ambos de Vargas Llosa. Aprendi bastante com esses livros, pode não lhe acontecer o mesmo,claro, mas acredito que vá gostar. Abraço.

    ResponderExcluir

Obrigado pela visita. Deixe seu recado para que possamos interagir!

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...